O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) aplicou R$ 5.189.697,50 em multas e embargou 1.609 hectares de áreas desmatadas ilegalmente durante a 5ª etapa da Operação Tamoiotatá, considerada a maior ação de combate ao desmatamento e às queimadas do Estado. O balanço foi concluído nesta quinta-feira (02/10), após a finalização dos relatórios técnicos.
A operação foi realizada entre os dias 11 e 30 de setembro nos municípios de Humaitá, Canutama, Lábrea e Tapauá, localizados a 590, 619, 702 e 449 quilômetros de Manaus, respectivamente. O foco da ação foi o combate ao desmatamento ilegal, às queimadas e à criação irregular de gado em áreas embargadas. Nesta fase, foram fiscalizados 36 polígonos e lavrados 16 autos de infração, além de 36 termos de embargo/interdição e dois termos de apreensão e depósito.
Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, as autuações reforçam o compromisso do Governo do Amazonas no enfrentamento ao desmatamento.
“A Tamoiotatá é uma das principais frentes de combate ao crime ambiental no Estado e tem como prerrogativa combater e inibir a prática de crimes ambientais no sul do Amazonas, unindo órgãos de fiscalização e segurança para garantir a preservação da floresta e responsabilizar infratores”, destacou.
Durante as ações, fiscais do Ipaam também apreenderam uma motosserra e uma motocicleta utilizadas em atividades irregulares. Ao todo, o embargo corresponde a mais de 2,2 mil campos de futebol.
Os autuados terão o prazo legal de 20 dias, a contar da data de notificação, para apresentar defesa administrativa ou optar pelo pagamento das multas aplicadas. As atividades embargadas só poderão ser retomadas após regularização ambiental junto ao órgão.
De acordo com o responsável pela Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa) do Ipaam, Marcelo Barroncas, a operação possui caráter contínuo e mantém a presença do Estado na região.
“A Operação Tamoiotatá reforça a presença do Estado no sul do Amazonas, contribuindo para a inibição de práticas ilícitas ambientais e para a mitigação dos impactos negativos das queimadas e do desmatamento ilegal”, afirmou.
A iniciativa é promovida pelo Governo do Amazonas, por meio do Ipaam, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Polícia Civil (PC-AM), Polícia Militar (PMAM) — por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) —, Corpo de Bombeiros Militar (CBMAM) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Denúncias
O Ipaam reforça que denúncias ambientais podem ser feitas à Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa) pelo WhatsApp (92) 98557-9454. As ações de fiscalização seguem intensificadas para coibir práticas ilegais e proteger a biodiversidade.
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